29 de abril de 2011

Lusco-Fusco

            Espasmo de um grito berrando a um silêncio suprimido entre as paredes de um peito que não mais ouve. Quero o ardor de momentos em que impero e sufoco perante a ideia de juízo presente na razão.
            Corro ao lado desse sopro gélido que me faz arder nessa criatura deformada que me rasga a pele na aurora de raios virgens; refugio-me no obscuro da demência de ingénuos olhares como se tudo fosse efémero e cheio de relatividades.
            E grito para me esconder da moral de alma celeste e eterna.

2 comentários:

  1. Olá :) Olha eu gosto de todos os textos, estão fantásticos e gosto deste teu lado abstracto, é um bom treino à imaginação! O meu preferido é este! Além de estar extremamente bem escrito, transmite sentimentos e isso é optimo num texto! É como se desse para lentamente se pintar um quadro com as tuas palavras! Muitos Parabéns!

    Gosto de ti!
    beijinhos
    Nusca

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  2. Concordo completamente com a nusca! Este trouxe-me uma lágrima no canto do olho...Consigo imaginar cada sentimento! Espectacular!

    Sara O.

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