29 de abril de 2011

Trapézio

            Afunda-se num mar de vozes: sussurros berrando contra barreiras do ar que respira retiram-lhe o fôlego, sufocando nos lençóis onde outrora fez deles abrigo. Sonhos. Desvanecem nas águas ardentes, onde olhares fumegantes espreitam o fim de uma alma perturbada. Sempre a achei estranha…
          Adormece no colo da deusa que chora perdida, pois nunca conheceu o seu perfume. Acorda cega e vazia sob as lágrimas daqueles que carregam o seu corpo pelas areias do tempo.

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